Um Romance. Uma narração.
É outono em Buenos Aires. As folhas verdes já amareladas beijam em gotas o chão que refrata a boa luz da melhor de todas as estações. O outono é magnífico. É encantador. E em 2013, ele foi exclamosamente excitante. Como uma grande mãe, equilibrou com precisão as perfeitas proporções entre frio e calor e entre força e temperatura do vento e a humidade nem incomodava. Não existe melhor época do ano! Tudo fica mais bonito sob as cores pintadas por tamanha relação simbiótica. As noites sempre pareciam ser de lua-cheia.
Numa dessas largas noites estreladas, a continuidade uniforme dos atos mecânicos gerava rotina. Pelas ruas de Pompeya amigos e casais saiam, passavam e chegavam. Um vizinho saía à porta com seu cão. Esperando o ônibus, do outro lado da esquina outro fumava no ponto. O mundo lá fora acontecia. Mas dois complexos mundos contiruídos de infinitos universos se (des)orientavam na casa rosada daquela esquina.
Ela. Ele. Duas taças. Um vinho. Os dois. Uma frase: "Eu te amo".
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